terça-feira, 2 de setembro de 2008

Para Lennon e McCartney

No ano de 1971, o ex-Beatle, John Lennon pregava a união dos povos, a paz universal e a unificação do mundo através da canção “Imagine”. Mais de três décadas se passaram e hoje o sonho de Lennon parece mais próximo da realidade.

Essa semana, li no jornal a notícia de que o responsável pela organização urbana do Rio de Janeiro, aquele que tem como uma das funções coibir a presença de camelôs nas calçadas, se afastou do cargo para se lançar candidato a vereador. O curioso é que, além de sua mulher tê-lo substituído no cargo municipal, o candidato a vereador estaria com bastante popularidade entre os eleitores camelôs. Eu acho muito bonita e saudável essa integração entre os povos, a busca pelo diálogo e o entendimento entre pessoas que lutam por diferentes objetivos. Já é possível imaginar, não todas, mas pelo menos algumas pessoas compartilhando o mundo, como queria Lennon. O ex-Beatle estaria orgulhoso se estivesse vivo e morando aqui em nosso país tropical, onde a união entre aqueles que, no passado, eram adversários, torna-se cada vez mais comum. Aquela história de que “Taxista vota em taxista!”, “Médico vota em médico” e “Motoqueiro vota em motoqueiro!” já é estratégia superada.

Não me espantarei nem um pouco se, qualquer dia desses, durante o meu almoço, enquanto me entretenho com o Horário Eleitoral Gratuito, escutar um candidato falando entusiasmado: “Bandido, que é bandido, vota em policial!”. Ou “Petista que é petista vota no PMDB!”. Ou ainda “Flamenguista que é Flamenguista, vota no Eurico!” Não é loucura, nem promiscuidade. Trata-se da união dos povos, cultivada por John Lennon há mais de 35 anos atrás! Bem que ele disse que não era o único sonhador. Pelo visto, todos os outros vieram para cá.

Um comentário:

Unknown disse...

Então já descobriram quem é o responsável pela fila indiana que se forma nas calçadas da Rua México... Não dá para fazer ultrapassagens. É mão única! Mas a culpa não é só dos camelôs.. Os piores são as bancas de jornais, que fazem uns puxadinhos com umas grades em que colocam revistas.. Ah, que maravilha de cidade!

Gostei desse papo de elevador.. Um pouco mais profundo do que o "e o Mengão, hein?!" ou o "tá muito quente, né", que os ascensoristas tanto escutam.

Já que eu quase não saio mais de casa e tenho pouco contato social, me será muito útil esse blog..
NERDS, NERDS, NERDS, NERDS